quarta-feira, 22 de março de 2017

domingo, 19 de março de 2017

Enquanto a tenho nos lençóis 


Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo..”
É nele que venho suprir o almejo;
Vento que serpenteia a quilha
Minha , eriçadas por repousar
Nas areias de um ensejo;
trago por caloroso enfunar

T.V///junqueira


DA MENTIRA


Essas sim são imorais,
Essas sim são indecentes”,
Os pejos , os coros de donzelas,
Flores e pétalas com mazelas,
Que em meio ao visto tem tanto requinte,
Nas grutas nem nota de vinte
Chega para pintar teu coro de donzela,

Sereia infanta , de muito cadela

T.V///junqueira

PALAVRA EM ATO.

Moralistas,perdoai! Obedeci. . .”

E do lábio um poema encarnado proferi

,Nuca vi o verbo em deliro, nunca vi

Como este que em língua despi,

E mais que Manoel de barros percebi

O som do calor no momento que supri. 

T.V///junqueira

A ORIGEM DO MUNDO

Quero a puta quero a puta”
Como um ritimo a porta,bate
O desejo do menino poeta
E ela arregaça  a vulva ao sorriso
E ei um sono profundo
No calor primal 
Cor descomunal

Na origem do mundo.

T.V///junqueira

quarta-feira, 15 de março de 2017

Cinzas


Larguei meus fumos
E a pus em meios dedos,
Parecia eternos aedos,
Este anelo que pomos em sumos.

Mas vi que anos após
Não tinha vos , eram cantos
Abafador por pigarros e prantos,
E saiu de mim um negrume de nós.

E vi-me tuberculoso de rancor,
Pois te traguei , sem amor ,
Num fingindo fumar ...

Mas juro que te suspiro hoje verdadeiro
Pois se os cigarros não me matam por inteiro

Não será teu amor que irá .

T.V.junqueira

terça-feira, 14 de março de 2017

me dera teu cinismo ingenuo,
e botei o de baixo do travesseiro.
quando a estrela se erguia
num encanto de desencanto.

então , presente seguinte , ao despertar
meu olhos sondaram o travesseiro
e vi que que dormia num arvoredo.

seco , nu, como no inverno.
e vi que dormia no eterno
sonho da fada transmutar o suvenir
que me dera , quando da boca sua
a inocência veio cair.

feito dente de leite, onde num repetir
erro de cultivar as coisas perdidas

 botei tua inocência ;presa cínica cingida
que sob o leito ascendeu-se arvorecida.
tua mimesis brotou em despedida

na semente de um sonho , engradecida,
germinando natimorta , despida
tua ilusão elevou meu sono , apodrecida.

botei teu cinismo sob o travesseiro ,
invocando a fada da vida ,
e de baixo da minha fantasia enternecida
brotou um arvoredo de solidão e coisa partida.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Fotografia; das fotografias.


são instantes presenciados,
o beijo e teu molhado ,
o sorriso alvorado.

todo o belo eternizado ,
repetido em porta-retratado
nos negativos positivos , fotografado.

o momento inesperado,
o acaso capiturado,
o adolescente desvendado
o segredo desnudado

kayros pelos cabelos puxado ,
cronos e teu estômago engessado.
todo futuro presente passado,
todo o mistério na imagem do existir, não revelado.

o agrado , a criança , a caricia , o amado.
é o todo que não se vê em sentido do capturado


                     e não capturado...

T.v//Junqueira.

Fotografi; Do Tempo.


devoras em tua mesa
toda tenra carne ,
como o vento mastigando
as nuvens , desmanchando.

te apetece com o que é novo ,
pois o velho é vulgo e rançoso ,
é mórbido , e o efêmero é o teu gozo

sorri de um jeito aquoso
nas fotografias , aparente e sigiloso
do momento em que se dá repouso .

todo filho teu ja declamou com torpeza
que de ti apartara essa fome , impureza.
enquanto isso, em leviano andar, isento,
não preocupa-te com a prole que se é momento.

T.V///junqueira

sábado, 11 de março de 2017

Fotografia: Do vasto campo


já me corroeu aqui por dentro
todas as esperas que tive, 
foram desilusões e reprises
de martírios e pétalas esmagadas
pelo os próprios passos.

quem sabe, o tempo me ensine 
outros mistérios ,engenhos,
onde saiba tirar essências de espinhos,
torna-las fragrâncias contra os moinhos
de angustias empreguinadas na pele.

quem sabe , o tempo sinta pena ,
e não morda as maçãs da face 
quando elas viçam na solidão 
róseas , vermelhas em detrimento e profusão...

já me corroeu aqui por dentro
as gotas sulfúricas do imaginar,
possibilidades futuras em passados,
repetindo junto aos pingos transpassados
nas horas.

e me pergunto , a sina que tem a flora,
onde o prado enverdeja sem que bocas a espere.

TV.//eiga


"A tempestade"


lá , elas
inquietas sombras
dançando juntos as
tempestades de areia
que vem.

motivo
por ter rejeitado as nereidas
por uma enamorada donzela
e a mesma que muito sabida
foi o quem

roubou minha vela .
deixando-me em náufrago
neste vasto deserto,
roubou as asas
do hipogrifo , sem poder sonhar,
e me fez ver o quanto sou  mortal.

lá, elas
inquietas sombras
dançando junto as
tempestades de areia
que vem

numa bruma
fatídica, flechada em luzes
como se o mistério reabrisse 
as cortinas de um palco,
onde as personas do disse e me disse
entoassem os cantos das perdas

em ventanias ,
entre os flancos, lobulosos 
temporais, onde o silêncio sabulosos 
dos ais abalam os lóbulos 
em tempestades areais.

lá ,elas
inquietas sombras
dançando junto as
tempestades de areia
que vem 
e vai. . .

T.v//eiga

quinta-feira, 9 de março de 2017



um menino , perverso
com graveto afiado
enterra-o no verso
de tudo que é criado.

é pirata , navegando em pelejo,
desvendando tempestade, socorrendo moribundos desejo
que se afogam nas verdades.

é barbaro , em brutal sonda
sem roupas, nu , defronte as amadas, as paixões e falanges da solidão em ronda.
onde feridas palavras perdem as tripas.

é, e basta,
afasta
teu corpo
do limo
confuso
difuso
da sina;
fulmina
em fumos
os prumos
fidalgos
dos muros

que rompem a fantasia
e traz uma cinza asia

ao mundo
que moribundo
de ar onírico
é empirico

terça-feira, 7 de março de 2017

DIA DA MULHER


HOJE AINDA ENCANTA,
O BELO CANTO DE UM TROVADOR,
O MUNDO SABE O QUANTO ESPANTA
A FORÇA E BELEZA QUE HÁ NA FLOR .


fotografia : Do Trem Novo


engole cada um o cada outro,
e morrem , os mortos.
suas fomes e necessidades
seus sentires e felicidades.
é ter mais que brevidade 
nas mãos , obliquidade
exacerbada, o instantâneo
supérfulo em falso contemporâneo.

engole , cada um no outro
a indolência , e mais que esculturas
o tempo lhe comem em sepulturas
e nada de manifesto há
nos entes do secular já.

engolem cada um o outro, 
a linha reta da sina, o mesmo traçado
cada qual acoplados em ar refrigerados,
em normalidades de mesmice similar
como peças de carnes ,suspensas, para o estado consumar  .

engolem cada um ao outro,
sem antropofagia ,
só uma elegia 
de rimas e versos 
                            em shopping 
ou grife retórica
                           messadas
na etiqueta.

engole um ao outro,
sem arte , ou rito de culto,
mas sim sepultos
na viseira social.

engolem , uns , outros 
o presente tempo como placebo!

T.V//EIGA

Fotografia; Da Naturalidade.


meu avô corta o o dia com faca,
para que uma manhã brilhe;
não porquê seja ansioso,
mas por teu olhar não sentir mais 
as cores,
e a velhice ser sua aurora.

minha avó morde as nuvens,
como algodão doce,
não porquê seja ingênua ,
mas por teu paladar mastigar a seiva,
os sabores,
e nunca deixar viço de tal ao tempo.

enquanto eu , da maçã do amor,
melífluo teu doce lacônico ,
lambendo as horas como caldas, 
sorrindo ao tempo como amigo ,
imaginário. 

T.V///eiga

sábado, 4 de março de 2017

Fotografia: do Gálata Moribundo


meus braços ja não pendem mais
aos céus,aos réus desta batalha
que tanto resistir e sofro nesta malha
nua , de pele que tanto estufei aos demais.

brami o brado, dilatei-me do pescoço
as veias que pulsavam em mim o calor
que encontrei em ti num infante delírio de moço ,
e eis-me  sorvendo agônico o agror.

preso , tua arena urrei,em riste contra roma,
junto a smertrios degladiar a víbora que lhe encalacrou,
e no arrebol , ter em suas curvas a luz que belissama ornou,

mas eis que o mesmo invisível peso agora, era o de outrora,
quando nu , heróico desbravei e indolente perfurou-me a senhora,..

e não houve cataplasma violeta ,poetisa, a estes perverso , império amor.

T.V///eiga


Fotografia :da Juventude


A rua lhe da a estrada ,
e aquele no leito do quarto
não sabe o silencio que percorre a madrugada,
aquele que se encontra farto,
não sabe o orgasmo na amada,
nem que dissoluto provenha de sensível parto.

os escombros ermos ,
o anfiteatro de lermos
a carne e o sulco
na luz do sepulcro,
por obtermos louros, joviais:

as asas de ancestrais ,
mas sem jus, e sim uma florescência 
maculada em truz, pois consciência 
castrada , ao mesmo que morde 
o fruto é mordida pela sedução,
e só morrem de paixão 
os que se isentam prazer; efêmero lorde.

e aqui vos digo,
não há morte nem perigo, 
nem sorte ou abrigo,
são só pernas , vontades, vigo
de mundo , que sei de tocar e não ligo.

eis aqui , o tempo , o simbolo e o espaço,
eis me eu próprio o signo de tudo , mas em tudo me desfaço
pois além de efêmero e escaços,
não sobrevive o corpo na sua pintura , nem mais um traço...



jovens: trêmulos, desenhamos as coisas turvas....

T.V//eiga

sexta-feira, 3 de março de 2017

Fotografia do maneirismo em cãibra .


hoje os poemas nãos sangram,
suas cicatrizes não os consomem
com esgar e detrimento de subversão
ao querer.
 hoje os poemas navegam ,
sobre ilhargas , entre veias e seus
rios que pulsam .

e a nau dos versos não seguem mais a lua,
e a ventura não se dar a donzela ,
pois mais que luta hoje os poemas desaguam
em mares de prazeres, perverso, pousam
nas linhas das mãos como sátiros ,
oferecendo um brinde as moiras
com indolencia , suor e riso mais vadio.

desatentos , ébrios de rouquidão ,pois
não vão aos cantos .
 descompassados
como um moribundo que não segue o rítimo,
muito menos a rima,
pois hoje a palavra se declina
a bica do tempo , e querem que ela flua
querem que ela flua
e só se abre em sentido ante horário.
               
                os montes....
os céus , as nuvens, as passagens que passam em simbolos
, os simbolos que passam em enigmas,
o sisifo iráscivel rolando a pedra na esfinge,
pela fadiga,
                  os amplexos sorridentes em quimeras,
os filtros de sonhos rompidos
o delírio
o delírio do verbo
                               do absurdo
                                                    do eu ...

hoje os verbos , em versos e prosas não querem sentido,
e muito menos o hermetismo
querem descanso do lirirsmo
querem só morrer.

T.v///eiga

Fotografia da ave mouca.


Sobre o pico da arvore , um lugar
Ermo ,onde galho seco é repouso,
Como um homem , só , sem vagar,
Nas calçadas abissais do pensar,
Ali insuflo o peito a voar
Juntos aos papéis de escrituras que mandei jogar,
Esperando alguém , de quem do algo falar
A resposta oca , como um vento num simples passar;
Trazendo frescor do mistério na face a chorar,
E eis o passarinho , de pulmão num rufar,
"Esperando o sol brilhar"
Brilhar. . . 
E nada mais.

T.V///Veiga